Amma e Yurugu: caos e equilíbrio na história Dogon

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Introdução Por que o mundo é como é? Por que a ordem e o caos parecem caminhar lado a lado desde sempre?  Para o povo Dogon , do Mali , essas perguntas não são meras abstrações filosóficas — elas são respondidas por uma história ancestral que atravessa gerações.  No centro dessa narrativa estão duas figuras fundamentais: Amma , o princípio criador, e Yurugu (também chamado de Ogo ), a entidade da incompletude e da desordem.  Longe de serem apenas personagens simbólicos, eles representam forças reais e atuantes na construção e no funcionamento do universo.  A tradição Dogon não apresenta uma visão maniqueísta do mundo.  Em vez disso, oferece uma leitura complexa, onde o desequilíbrio não é um erro, mas uma parte inevitável do processo cósmico.  Este artigo mergulha na história de Amma e Yurugu , explorando suas ações, consequências e o que elas revelam sobre a visão Dogon da existência. Segundo os Dogon , Yurugu vagaria eternamente pelo cosmos em busca...

JACI - A DEUSA DA LUA E A MÃE DA HUMANIDADE SEGUNDO OS TUPI-GUARANI

INTRODUÇÃO


Desde tempos ancestrais, os povos indígenas do Brasil contemplavam o céu e viam nele mais que estrelas: viam divindades, forças vivas, conscientes.

Para os TUPI-GUARANI, a LUA não era apenas um astro noturno, mas uma presença sagrada, feminina, que guiava, acolhia e fecundava a vida.

Essa presença era JACI, a DEUSA DA LUA, mãe da natureza e, segundo algumas versões, co-criadora da humanidade ao lado de TUPÃ.

Mais que um mito, JACI carrega uma verdade espiritual profunda sobre nossa conexão com a terra, o cosmos e o sagrado feminino.



Jaci, a deusa da lua iluminando a floresta com sua luz.
Representação de Jaci, a deusa da lua, caminhando em uma noite escura iluminando a floresta, protegendo os animais noturnos e os povos indígenas.




A DEUSA DA LUA E O PRINCÍPIO FEMININO DA NATUREZA



Na mitologia TUPI-GUARANI, JACI é a deusa da LUA, do amor, da fertilidade, da noite e dos sonhos.

Seu nome é sussurrado como brisa entre as folhas, reverenciado com força que rege os ciclos da vida.

Ela caminha pelos céus à noite, vigiando os apaixonados, protegendo os animais noturnos e inspirando os sonhos dos que dormem sob a luz.


JACI E A CONEXÃO CÓSMICA COM A TERRA E OS SONHOS



Para os indígenas, a lua não era separada da natureza, mais parte viva dela, e por isso JACI também é vista como guardiã das florestas, das águas e de todos os seres que vivem no silêncio da noite.

Os ciclos lunares, tão importantes para a agricultura e a menstruação, são manifestações diretas da sua presença.

Sonhar com JACI era sinal de proteção ou revelação espiritual.

Muitos xamãs e pajés afirmavam receber mensagens dela em sonhos, orientações vindas da lua para guiar seu povo.

Essa relação entre sonho e sabedoria mostra que os Tupi-Guarani reconheciam o valor da dimensão interior da existência - algo que muitas sociedades modernas esqueceram.


A DUALIDADE COM GUARACI: LUZ E ESCURIDÃO EM EQUILÍBRIO



JACI é irmã ou companheira de GUARACI, o deus SOL.

Juntos, eles formam um equilíbrio perfeito entre dia e noite, razão e emoção, masculino e feminino.

Enquanto GUARACI ilumina o mundo com clareza e força, JACI oferece a penumbra da introspecção, o mistério do invisível, o abrigo das sombras.

Esse equilíbrio mostra que para os indígenas não há superioridade entre luz e escuridão, mas sim uma dança harmoniosa entre opostos 

A noite não é ausência de luz, mas presença de outra forma de sabedoria.

E JACI reina sobre essa sabedoria noturna, lembrando que nem toda verdade grita - algumas sussurram.





Imagem ilustrativa de Jaci, a deusa da lua iluminando a noite, e Guaraci, o deus do sol iluminando o dia.
Representação de Jaci, a deusa da lua, e Guaraci, o deus do sol. De um lado está Jaci, iluminando e alegrando as noites indígenas. Do outro lado está Guaraci, iluminando o dia e tornando-o produtivo.



CONCLUSÃO 



Hoje, muitos estão redescobrindo essas histórias e se perguntando: e se essas narrativas forem mais do que lendas?

E se forem registros simbólicos ou mesmo literais de uma sabedoria ancestral, perdida ou escondida ao longo dos séculos?

JACI talvez não seja apenas um mito, mas uma memória espiritual codificada na cultura dos primeiros habitantes desta terra.

Enquanto o mundo corre atrás de verdades em terras distantes, talvez esteja nas florestas, nas noites estreladas e nas vozes dos anciãos indígenas a verdadeira resposta sobre nossas origens.

E JACI, com sua luz suave e firme, pode ser o primeiro passo nessa caminhada de volta ao sagrado.




Comentários

  1. Cada povo com a sua crença mais creio eu que remete ao mesmo Deus.

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    1. Pelo que já entendi e de acordo com o Jan, caiu muitos seres nesse planeta, e todos com poderes, assim foram adotados como deuses por cada povo de sua região.

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