Amma e Yurugu: caos e equilíbrio na história Dogon

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Introdução Por que o mundo é como é? Por que a ordem e o caos parecem caminhar lado a lado desde sempre?  Para o povo Dogon , do Mali , essas perguntas não são meras abstrações filosóficas — elas são respondidas por uma história ancestral que atravessa gerações.  No centro dessa narrativa estão duas figuras fundamentais: Amma , o princípio criador, e Yurugu (também chamado de Ogo ), a entidade da incompletude e da desordem.  Longe de serem apenas personagens simbólicos, eles representam forças reais e atuantes na construção e no funcionamento do universo.  A tradição Dogon não apresenta uma visão maniqueísta do mundo.  Em vez disso, oferece uma leitura complexa, onde o desequilíbrio não é um erro, mas uma parte inevitável do processo cósmico.  Este artigo mergulha na história de Amma e Yurugu , explorando suas ações, consequências e o que elas revelam sobre a visão Dogon da existência. Segundo os Dogon , Yurugu vagaria eternamente pelo cosmos em busca...

O DEUS SOL RÁ: A DIVINDADE SUPREMA QUE GUIAVA O DESTINO DO EGITO

 INTRODUÇÃO



Desde os primeiros raios da aurora até o calor escaldante do meio-dia, o sol sempre foi um símbolo de vida, poder e renascimento.

No coração do antigo Egito, essa força cósmica foi personificada em uma entidade divina: , O DEUS SOL, o soberano celestial que iluminava não apenas o céu, mas também o espírito e a consciência de todo o povo.

Mais do que uma simples figura mitológica, RÁ representava a ORDEM, o CICLO ETERNO da existência e o PRINCÍPIO CRIADOR que moldou os céus e a Terra.

Mas quem era realmente essa divindade tão venerada?

E por que seu culto atravessou milênios, deixando marcas visíveis até hoje?



Estátua do Deus Sol Rá sendo venerado em templo egípcio.
A imagem mostra uma estátua imponente de Rá,
o deus solar egípcio, com asas abertas e o disco
solar sobre a cabeça, símbolo de sua divindade
suprema. Em um templo sagrado, diversas pessoas
ajoelhadas prestam reverência à divindade,
refletindo a profunda devoção do antigo Egito ao
deus que simbolizava a luz, a vida e o poder celestial.




A ORIGEM DE RÁ E SUA ASCENSÃO COMO DEUS SUPREMO 



Na mitologia egípcia, RÁ surgiu do oceano primordial do NUN, trazendo a existência a luz e a criação.

Ele era o primeiro ser, AUTOEXISTENTE, que emergiu sob a forma de uma FLOR DE LÓTUS
ou de um FALCÃO flamejante.

Através da sua palavra, ou do seu próprio sêmen, Rá deu origem aos primeiros deuses e ao mundo conhecido.

Com o tempo, ele assumiu o papel de Deus supremo, tornando-se a figura central do panteão egípcio.

A cidade de HELIÓPOLIS (ou lunu), localizada ao norte do EGITO, tornou-se seu principal centro de culto, sendo considerada o local onde a adoração teve início.

RÁ era muitas vezes associado a outras divindades em formas compostas, com ATUM-RÁ, simbolizando o Deus criador e o sol poente, e RÁ-HARAKHTY, a fusão de RÁ com HÓRUS, representando o sol do horizonte.

Essa maleabilidade teológica refletia a profundidade espiritual e filosófica dos antigos egípcios, que viam em RÁ mais do que uma deus solar: ele era a essência da vida, da criação e da continuidade.


A JORNADA SOLAR E A LUTA CONTRA A ESCURIDÃO



Para os egípcios, o sol não apenas cruzava o céu durante o dia, mas também realizava uma jornada sagrada pelo DUAT - o mundo subterrâneo - durante a noite.

RÁ navegava em sua barca solar, enfrentando inúmeros perigos e monstros, o mais temido deles sendo APÓFIS, a serpente do Caos.

Essa luta simbólica representava o conflito eterno entre LUZ ESCURIDÃO, entre ORDEM e CAOS, entre VIDA e MORTE.

E a cada amanhecer, quando o sol surgia no horizonte, os egípcios celebravam a vitória de RÁ sobre as forças da destruição.

Esse mito diário não era apenas uma história contada para crianças: era um ritual cósmico que envolvia sacerdotes, templos, ORAÇÕES e oferendas.

Manter RÁ forte e vitorioso significava manter o mundo em equilíbrio.

Por isso, ele não era apenas adorado - ele era temido e reverenciado como o coração pulsante do universo.



Deus Rá em sua barca celestial enfrentando a serpente do caos no mundo subterrâneo.
Na imagem, o Deus Sol Rá aparece em uma barca
sagrada atravessando as águas escuras do Duat, o
mundo subterrâneo egípcio. Ele carrega uma lança
de luz, símbolo de sua força solar, enquanto confronta
a ameaçadora serpente do caos, Apófis, que tenta deter
sua travessia. O ambiente é sombrio, reforçando a
eterna luta entre luz e trevas, vida e destruição. 





O CULTO A RÁ E SUA INFLUÊNCIA NA SOCIEDADE EGÍPCIA



O Culto a RÁ moldava todas as esferas da vida egípcia.

Os FARAÓS eram considerados seus filhos diretos, e sua autoridade era justificada pela ligação divina com o Deus solar.

Templos magníficos foram erguidos em sua honra, como os do HELIÓPOLIS e ABU SIMBEL, onde a ARQUITETURA era alinhada com os movimentos do sol.

A religião egípcia era profundamente ligada a astronomia, a matemática e à agricultura - todas influenciadas pela observação do sol e pelas estações do ano, que eram sinais dos humores e vontades de .

As cerimônias solares, como as orações da manhã e os rituais do pôr do sol, não eram meras formalidades, mas pontes espirituais entre o HUMANO e o DIVINO.

Até mesmo a vida após a morte era influenciada por ele: os mortos esperavam renascer e navegar com RÁ em sua barca, garantindo assim a continuidade da alma no ciclo eterno.


A DEDADÊNCIA DO CULTO E A PERMANÊNCIA DE SUA LUZ



Com o passar dos séculos e a ascensão de novas divindades, como AMON e ÍSIS, o culto a RÁ começou a se fundir e enfraquecer.

Durante o império novo, ele foi unido a Amon, dando origem ao poderoso AMON-RÁ.

No entanto, a essência solar continuou viva em muitas tradições religiosas, inclusive influenciando o monoteísmo de AKHENATON, que tentou substituir os deuses tradicionais pelo culto ao ATON, o disco solar.

Com a chegada dos gregos e romanos, e posteriormente o cristianismo, o culto a RÁ foi suprimido oficialmente, mas nunca desapareceu por completo.

Sua simbologia - o sol, a lua, o renascimento - permaneceu viva em símbolos cristãos, gnósticos e esotéricos, sendo reinterpretada em diferentes correntes espirituais até os dias de hoje.

Hoje, estudiosos e buscadores espirituais reconhecem RÁ não apenas como um mito antigo, mas como um ARQUÉTIPO VIVO, um símbolo da CONSCIÊNCIA DIVINA, da energia vital universal e do poder criador que ainda pulsa em nosso interior.


CONCLUSÃO



, O DEUS SOL do antigo Egito, pode ter sido muito mais do que apenas um símbolo de luz e poder.

Para os antigos egípcios, ele era real, presente e essencial à ordem do universo.

Mesmo com o passar dos milênios, a figura de RÁ segue viva nas histórias, nos registros, e nos olhos daqueles que ainda olham para o céu em busca de algo maior.

Seria possível que sua energia ainda esteja entre nós?

Talvez, em algum lugar do mundo, existam cultos secretos que mantém viva a chama daquele que um dia foi chamado de o OLHO FLAMEJANTE dos céus. 

No final, a pergunta que deixamos no ar é simples, mas profunda: e se RÁ nunca nos deixou?



 









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