Amma e Yurugu: caos e equilíbrio na história Dogon
Do Homem ao Divino é um portal de conhecimento e revelações profundas sobre os grandes mistérios da humanidade. Aqui exploramos deuses ancestrais, mitos que podem ser verdades, livros apócrifos e proibidos, e as possíveis origens divinas ou cósmicas da criação. Do barro ao espírito, da terra as estrelas, mergulhe com a gente em uma jornada que desafia as versões oficiais da história. Se você busca respostas além da Bíblia, além da ciência e além do visível... este é o seu lugar.
No panteão das narrativas ancestrais, poucas histórias se mostram tão complexas e envolventes quanto a dos Elohim.
Presentes em textos antigos e esotéricos, os Elohim são frequentemente retratados como seres de poder e sabedoria incomensuráveis, intimamente ligados à criação do universo e da humanidade.
A saga dos Elohim se desenrola em três atos principais: a criação do mundo e do homem, a rebelião celestial que abalou os alicerces do paraíso e o dilúvio cataclísmico que varreu a Terra, transformando para sempre o destino da humanidade.
Este artigo busca desvendar os mistérios que cercam os Elohim, explorando suas origens, seus papéis e seu legado, unindo os fios da criação, da rebelião e do dilúvio em uma narrativa coesa e abrangente.
Ao longo desta jornada, mergulharemos em tradições antigas, interpretando símbolos e desvendando enigmas, buscando lançar luz sobre a verdadeira natureza dos Elohim e seu impacto duradouro em nossa história e em nossa consciência.
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| Representação do conselho dos Elohim observando a Terra formada do alto do cosmos. |
A palavra "Elohim" ressoa através dos tempos, carregando consigo um peso de mistério e reverência.
Presente nas escrituras sagradas mais antigas, o termo "Elohim" é frequentemente traduzido como “Deus”.
No entanto, uma análise mais profunda revela nuances intrigantes que desafiam a compreensão tradicional.
Em hebraico, "Elohim" é um substantivo plural, o que levanta a questão: por que a divindade é referida no plural?
Essa pluralidade tem gerado debates e interpretações diversas ao longo dos séculos.
Alguns estudiosos sugerem que o plural “Elohim” se refere à pluralidade de atributos divinos.
Outros interpretam como referência a uma assembleia celestial, um conselho de seres divinos que atuam em conjunto.
A interpretação mais intrigante, no entanto, sugere que “Elohim” se refere a um grupo de seres — uma equipe de criadores cósmicos que trabalharam em conjunto para moldar o universo e dar vida à humanidade.
Essa visão se alinha a tradições antigas que descrevem a criação como um esforço colaborativo.
A ideia de que a criação foi conduzida por múltiplos seres poderosos abre novas perspectivas sobre a natureza da divindade e nosso lugar no cosmos.
A história da rebelião celestial é um dos contos mais dramáticos e impactantes da tradição.
Ela descreve uma guerra nos céus, na qual um grupo de seres de grande poder se revolta contra a ordem estabelecida.
Motivados pelo orgulho e pelo desejo de autonomia, esses rebeldes desafiaram a autoridade dos Elohim maiores.
A figura central dessa rebelião é frequentemente associada a Lúcifer, o "portador da luz", um ser de sabedoria incomparável que se deixou corromper pela ambição.
Sua revolta abalou os alicerces do céu, desencadeando uma batalha épica entre os que permaneceram fiéis e os que seguiram a insurreição.
A derrota dos rebeldes marcou o início de uma nova era, em que a sombra e a corrupção passaram a existir no mundo.
Esses exilados, caídos em reinos inferiores, buscaram interferir na humanidade nascente, influenciando sua evolução.
A rebelião serve como lembrança dos perigos da arrogância e da ambição desmedida, mostrando que até os mais elevados podem se desviar do caminho da ordem.
A história do dilúvio é uma das mais antigas e universais.
Diversas culturas narram uma grande inundação que varreu a Terra, destruindo quase toda a vida e marcando o fim de uma era.
Na versão ligada aos Elohim, o dilúvio não foi apenas punição contra a humanidade, mas também uma purificação destinada a eliminar os Nefilins — seres híbridos, filhos dos caídos com mulheres humanas, cuja violência e corrupção devastavam o mundo.
A tradição conta que apenas um pequeno grupo de escolhidos recebeu instruções para sobreviver e dar continuidade à vida.
O dilúvio durou um longo período, submergindo terras e civilizações inteiras, até que as águas recuaram e uma nova era teve início.
Essa narrativa funciona como alerta e reflexão: mostra que os atos de corrupção e desordem inevitavelmente atraem consequências.
Mas também carrega uma mensagem de renovação — mesmo após a destruição, a vida pôde recomeçar em novos ciclos.
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| Representação do começo do dilúvio, as águas subindo rapidamente, e povos (também os Nefilins) em desespero. |
A saga dos Elohim é uma tapeçaria complexa, tecida com fios de criação, rebelião e purificação.
Ao explorar suas origens, seu papel como arquitetos do cosmos, a rebelião que desestabilizou os céus e o dilúvio que redefiniu a Terra, somos convidados a refletir sobre o sentido da existência.
Quem somos nós? De onde viemos? Qual é o nosso propósito?
A história dos Elohim mostra que buscar respostas é uma jornada contínua, que exige abertura de mente e sede de conhecimento.
Ao desvendar os mistérios que cercam os Elohim, podemos lançar luz sobre nossa própria história e nosso lugar no universo, construindo um futuro mais consciente e conectado com a divindade que habita em cada um de nós.
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