Amma e Yurugu: caos e equilíbrio na história Dogon

Imagem
Introdução Por que o mundo é como é? Por que a ordem e o caos parecem caminhar lado a lado desde sempre?  Para o povo Dogon , do Mali , essas perguntas não são meras abstrações filosóficas — elas são respondidas por uma história ancestral que atravessa gerações.  No centro dessa narrativa estão duas figuras fundamentais: Amma , o princípio criador, e Yurugu (também chamado de Ogo ), a entidade da incompletude e da desordem.  Longe de serem apenas personagens simbólicos, eles representam forças reais e atuantes na construção e no funcionamento do universo.  A tradição Dogon não apresenta uma visão maniqueísta do mundo.  Em vez disso, oferece uma leitura complexa, onde o desequilíbrio não é um erro, mas uma parte inevitável do processo cósmico.  Este artigo mergulha na história de Amma e Yurugu , explorando suas ações, consequências e o que elas revelam sobre a visão Dogon da existência. Segundo os Dogon , Yurugu vagaria eternamente pelo cosmos em busca...

Loki: O Deus Trapaceiro da Mitologia Nórdica

Introdução


Na mitologia nórdica, poucos deuses despertam tanta curiosidade quanto Loki, o mestre da trapaça, da transformação e das artimanhas. 

Diferente de figuras heroicas como Thor ou Odin, Loki transita entre o bem e o mal, sendo ao mesmo tempo aliado e inimigo dos deuses. 

Sua personalidade ambígua, cheia de contradições, o torna uma das figuras mais fascinantes do panteão nórdico

Mas quem era o verdadeiro Loki, longe das adaptações modernas de Hollywood

Neste artigo, vamos explorar sua origem, seus feitos e sua importância no destino final dos deuses, conhecido como Ragnarök.



Loki loiro sorrindo de forma sarcástica, com roupas verdes típicas, dentro de um palácio
Representação de Loki, o deus trapaceiro da mitologia nórdica, mostrado sorrindo de maneira astuta com cabelos e barba loiros, vestindo roupas verdes.



ORIGEM DE LOKI


Loki não era originalmente um deus dos Aesir, mas sim um gigante (jötunn) que se uniu aos deuses de Asgard por meio de juramentos de sangue com Odin. 

Sua origem explica em parte sua natureza instável: ele pertencia ao mundo dos inimigos dos deuses, mas ao mesmo tempo fazia parte de sua comunidade

Diferente dos outros deuses, que representavam forças da natureza ou valores da sociedade, Loki simbolizava o caos, a mudança e a imprevisibilidade

Sua posição entre dois mundos fez dele um personagem essencial, mas também perigoso, dentro da cosmologia nórdica.


LOKI, O TRAPACEIRO


Conhecido como o deus da trapaça, Loki era capaz de mudar de forma e gênero, assumindo aparências diversas para enganar deuses, gigantes e até animais. 

Muitas histórias o mostram causando problemas para os próprios Aesir, mas também trazendo soluções inesperadas. 

Por exemplo, quando enganou os construtores que tentavam erguer os muros de Asgard ou quando criou presentes mágicos, como o martelo Mjölnir de Thor. 

Loki era ao mesmo tempo criador e destruidor, um arquétipo do engano que expunha as falhas dos deuses e dos homens.


O PAI DE MONSTROS


Apesar de sua ligação com os Aesir, Loki também foi responsável por gerar criaturas temidas.

Com a giganta Angrboda, teve três filhos que marcaram a mitologia: o lobo Fenrir, a serpente Jörmungandr e a deusa dos mortos, Hel

Esses seres monstruosos foram vistos como ameaças inevitáveis, e todos desempenhariam papéis centrais no fim do mundo, o Ragnarök. 

Esse aspecto sombrio de Loki mostra como ele personificava não apenas a trapaça, mas também o destino inevitável que os deuses tentavam evitar.



O lobo Fenrir e a serpente Jörmungandr mostrando os dentes de forma feroz, ao lado da deusa Hel
Representação dos filhos de Loki na mitologia nórdica: o lobo Fenrir e a serpente Jörmungandr em postura agressiva, com a boca aberta e dentes à mostra, ao lado a deusa Hel, que aparece com expressão séria e imponente.



LOKI E O RAGNARÖK


O papel definitivo de Loki na mitologia é revelado no Ragnarök, a batalha final entre deuses e forças do caos

Preso e castigado pelos deuses por seus crimes, ele se libertaria no fim dos tempos para liderar os gigantes contra Asgard

Ao lado de Fenrir e Jörmungandr, Loki se tornaria o grande inimigo dos Aesir. 

Sua trajetória mostra como o trapaceiro que antes convivia entre os deuses acabaria se tornando o agente de sua destruição

Loki, assim, é uma figura inevitável: tanto parte da ordem quanto do colapso da ordem.


Conclusão


Loki é um dos personagens mais complexos da mitologia nórdica

Nem totalmente vilão, nem herói, ele representa o caos necessário para a renovação e a transformação. 

Suas histórias nos lembram que a vida é marcada pela dualidade: ordem e desordem, luz e sombra, criação e destruição. 

Mais do que apenas o deus da trapaça, Loki é o reflexo da própria condição humana, que oscila entre escolhas nobres e impulsos sombrios

Conhecer Loki é entender que, dentro da mitologia nórdica, o caos também ocupa um lugar nas histórias sobre equilíbrio e transformação.

Comentários

  1. Pela narração do relato se vê que é um ser muito poderoso, somos meros mortais diante desses deuses.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O que me consola depois de obter certos conhecimentos, é saber que podemos fazer coisas incríveis, que não somo um 'nada' como ensinam as igrejas.

      Excluir

Postar um comentário